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sábado, 5 de janeiro de 2013

Aula expositiva: o professor no centro das atenções


Essencial para apresentar um tema, sintetizar informações já trabalhadas ou fechar um conceito, a aula expositiva é o momento em que você tem a palavra. Saiba por que esse recurso deve ser valorizado e aprenda com quem já o inclui de forma produtiva no planejamento

Elisângela Fernandes (novaescola@atleitor.com.br). Colaborou Beatriz Santomauro
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Durante muito tempo, a aula expositiva foi o único procedimento empregado em sala de aula. No século passado, no entanto, ela perdeu espaço na escola e até passou a ser malvista por muitos educadores, já que se tornou a representação mais clara de um ensino diretivo e tradicional, que tem por base a transmissão do conhecimento do mestre para o aluno. Não é bem assim. Se bem planejada e realizada, essa estratégia de ensino - em que você é o protagonista e conduz a turma por um raciocínio - pode ser o melhor meio de ensinar determinados conteúdos e garantir a aprendizagem da turma. Mas atenção: ela nunca pode ser o único recurso usado em classe e deve sempre fazer parte de uma sequência de atividades (leia como quatro professores utilizam a aula expositiva em diferentes momentos nas páginas a seguir).

A aula expositiva se consolidou como prática pedagógica na Idade Média pelas mãos dos jesuítas, se transformando na estratégia mais utilizada nas escolas - quando não a única. A transmissão do conhecimento, sobretudo pela linguagem verbal, era uma corrente hegemônica. Acreditava-se que bastava o mestre falar para as crianças aprenderem. O século 20 trouxe luz sobre o processo de ensino e aprendizagem, e pesquisadores como Jean Piaget (1986-1980), Lev Vygotsky (1896-1934), Henri Wallon (1879-1962) e David Ausubel (1918-2008) demonstraram a importância da ação de cada indivíduo na construção do próprio saber e o papel do educador como mediador entre o conhecimento e o aluno. Com base nisso, a escola passou a valorizar outras formas de ensinar, como aquelas que envolvem a resolução de problemas, os trabalhos em grupo, os jogos e as pesquisas.

A disseminação dessas práticas e o fato de a aula expositiva ser associada a uma didática ultrapassada fizeram com que ela - injustamente - fosse ficando de fora do planejamento de muitos docentes. Não é a atividade em si que indica se o professor segue uma ideia tradicional de ensino, mas a forma como ele atua em todos os momentos. Aqueles que ainda trabalham com a perspectiva de transmissão do conhecimento não necessariamente usam só a aula expositiva. Eles podem até propor atividades práticas no laboratório de Ciências, por exemplo, e mesmo assim cobrar apenas a memorização dos alunos. Por outro lado, há os que passam uma significativa parte de seu tempo apresentando uma série de informações em frente à classe e estão, sim, interessados na aprendizagem de cada um dos estudantes.

Levar em consideração os conhecimentos prévios das crianças. Relacionar os conteúdos ao cotidiano delas, problematizá-los e sistematizá-los. Tornar a aprendizagem significativa. Essas são algumas das premissas que devem estar presentes em todas as atividades planejadas, e com a aula expositiva não é diferente. Quando esses aspectos são levados em conta, ocorre um distanciamento do modelo tradicional e uma aproximação da aula expositiva dialogada. "A troca com os estudantes nem sempre é explícita. Eles podem participar oralmente ou apenas refletir, em silêncio", explica Jesuína Lopes de Almeida Pacca, do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP). De acordo com ela, para que isso ocorra, dois aspectos são fundamentais. Primeiro, o que está sendo apresentado precisa fazer sentido para a garotada e mobilizar seus conhecimentos. Segundo, é essencial que o professor conheça todos muito bem. Isso porque, enquanto fala, ele deve observar a reação deles, ver se estão atentos, com expressão de dúvida e estranhamento ou se demonstram interesse.

Levantar questões e incentivar a participação de todos, quando necessário, por vezes é um desafio. Há crianças e jovens que ficam mudos por timidez ou medo de falar algo errado. De acordo com Ana Lúcia Souza de Freitas, da Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), há também os que temem as gozações dos que acreditam ser uma perda de tempo ouvir uma pessoa que não seja o professor. "Mudar esse quadro leva tempo. É no dia a dia que essa confiança do grupo é construída." Para tanto, a saída é não recriminar os falantes e questionadores e valorizar o que dizem, comentando e incorporando suas ideias ao que está sendo exposto. Isso nem sempre é simples, mas um bom preparo e muito conhecimento sobre o assunto facilitam a tarefa (leia outros segredos da boa aula expositiva no quadro abaixo).



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