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quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

CORPO E MEMÓRIA TRAUMÁTICA


CORPO E MEMÓRIA TRAUMÁTICA

Eliana Schueler Reis (1)

Texto apresentado no I Congresso Internacional de Psicopatologia Fundamental e VII Congresso Brasileiro de Psicopatologia Fundamental, Rio, 2004.

O traumático refere-se ao exógeno, àquilo que vindo de fora atinge o sujeito de forma inesperada e desarma suas defesas. Do ponto de vista do psiquismo, o fora é a própria experiência da dor, enquanto o que não pode ser recalcado, e em relação ao qual só é possível a defesa pela clivagem narcísica. O corpo, como lugar da experiência sensível, sendo atravessado por uma vivência excessiva que não encontra eco no mundo psíquico, atua como elemento exógeno e traumático para o eu. Dito de outro modo, a memória do trauma fixada nas marcas deixadas por essas “percepções insensíveis” atua pela repetição e não por formações substitutivas, fora, portanto, do registro de inscrições psíquicas relativas ao recalque e aos sistemas mnêmicos. Esse trabalho apresenta como hipótese que a memória traumática se inscreve como signos de percepção (Freud; 1950 [1892-99]) ou impressões sensíveis. Ou seja, não circula por nenhuma rede associativa, permanecendo numa dimensão fragmentada e se fazendo presente por manifestações corporais da ordem da repetição e da desintricação pulsional. Essa dimensão de fragmentação pressupõe a ação desagregadora da pulsão de morte agindo no interior do eu que caracteriza o masoquismo original, erógeno fazendo com que os mais diversos modos de auto-erotismo permaneçam atuando de forma autônoma, criando espaços de mise-em-act no corpo e não de mise-en-scène psíquica. Isso nos convida a pensar como se constróem relações terapêuticas nessa dimensão de fragmentação e nesse registro de sensibilidade.

Em relação ao trauma, seguindo o pensamento de Ferenczi, podemos assumir duas posições: por um lado, considerar que toda experiência com o mundo implica numa desordem e em uma exigência de trabalho psíquico no sentido de fazer novas ligações; por outro lado, se este contato com o fora for de tal ordem excessivo, esse trabalho de ligação fica impedido e então o que resta é a repetição traumática de algo que não chegou a fazer sentido.

Discutir o tema do trauma psíquico implica em colocar em questão o recalcamento como forma predominante de organização de defesas na neurose. Ferenczi assinala que a vivência traumática leva o sujeito à comoção psíquica, que atuaria como um estado psicótico passageiro no qual se rompe a continuidade dos processos subjetivos pelos quais o sujeito se reconhece. Enquanto no recalcamento perde-se a memória de um primeiro tempo, que será significado como sintoma em um segundo tempo sobrecarregado de sentido; na clivagem traumática, os dois momentos não se dão em continuidade, são o mesmo, um não empresta sentido ao outro, porque ambos escapam ao sentido (Reis, 2004, 70).

A clivagem não é resultante de um conflito entre dois modos de satisfação, é uma medida de defesa contra a ameaça de destruição física e psíquica. A ameaça percebida, nesse caso, é de aniquilamento e não de castração, considerando o que esta significa em sua dimensão de renúncia pulsional, de restrição e mesmo de punição. O recurso à clivagem implica em uma ruptura na superfície do eu, trazendo a mobilização e imobilização de intensas forças de defesa, cujo objetivo é manter separados aspectos do eu, memórias de vivências, enfim, conteúdos psíquicos carregados de um excesso de excitação não passível de derivação. Colocando a questão em termos pulsionais, a clivagem envolve uma desintrincação pulsional já que resulta em uma ação fragmentadora, não se desdobrando em ligações nem em derivações associativas. Manifesta-se então, como repetição inexorável, pois não há uma situação de conflito psíquico ligado à censura e todas as possibilidades de soluções de compromisso.

As vivências traumáticas que ocasionam o recurso à clivagem subsistem somente como registro de impressões sensíveis (Reis, 2004), cujo caráter de inexorabilidade se deve ao fato de ser sempre presente, não havendo abertura para evocar um passado, pois mesmo que existam lembranças elas não possuem a qualidade das “lembranças encobridoras” compostas, no dizer de Freud, de elementos heterogêneos entre os resíduos das recordações infantis, indicando e ocultando experiências e desejos surgidos posteriormente. (Freud, 1899)

Nesse sentido, podemos considerar que as vivências traumáticas permanecem como um estrato de memória análogo aos signos de percepção, totalmente não suscetíveis de se tornarem conscientes, pois seu caráter inconsciente não é resultado do recalcamento, e, devido a isso, quando se manifestam à consciência sem ter passado pelas sucessivas retranscrições e redistribuições de carga, têm o efeito de um choque traumático.[1] Certas vivências que, pelo seu caráter excessivo, foram isoladas umas das outras pelo mecanismo de clivagem, estão, portanto, impedidas de se inscreverem em uma ordem de sentido e virem a integrar o cabedal de experiências do indivíduo.

Consideramos que o mecanismo da clivagem não cria divisões tópicas, e sim faz com que eu se divida em partes não comunicantes, em que diferentes vivências encontram-se desvinculados em registros afetivos isolados. Segundo uma imagem de Ferenczi, “a pessoa divide-se num ser psíquico de puro saber que observa os eventos a partir de fora e num corpo totalmente insensível.” (Ferenczi, 1932, 142). O sentir desprovido de sentido não pode se expressar a não ser por alterações orgânicas, sensações, gestos e atos repetitivos. Por outro lado, o puro saber não tem colorido nem sentido afetivo permanecendo numa esfera de abstração e de esvaziamento do eu.

Para Ferenczi, a clivagem é a defesa contra traumas muito precoces e constantes. Baseando-se em observações clínicas nas quais constata, em alguns pacientes, uma tendência ao adoecimento, ou uma hiper-sensibilidade às excitações, sustenta que criança mal acolhida ao nascer torna-se presa fácil da força desagregadora e destrutiva da pulsão de morte. É preciso o investimento do ambiente para fortalecer o processo de introjeção que agrega ao eu as qualidades percebidas na experiência da criança em seu mundo. Segundo o autor, “o bebê ainda se encontra muito mais perto do não-ser individual, do qual não foi afastado pela experiência da vida” (Ferenczi, 1929). E faz questão de frisar que a criança mal-acolhida não é necessariamente a criança não desejada. Ela pode ter sido desejada e, ao nascer, não corresponder às fantasias maternas ou paternas de realização narcísica, o que provoca um desinvestimento da própria existência da criança enquanto sujeito.

Podemos supor que um ambiente não acolhedor não oferece condições suficientes à introjeção de experiências de prazer que compõe o processo de alargamento dos interesses do eu. Nesse caso, a pulsão de morte, auxiliada pela excitação sexual auto-erótica da qual se torna um componente, ficaria libidinalmente atada no corpo sob a forma do masoquismo original, erógeno, atuando no sentido da fragmentação e da disjunção do eu (Freud, 1924). Com esse movimento, fixa-se um trilhamento das vivências de dor e terror da criança não acolhida em sua estranheza em relação ao mundo dos adultos. Nesse sentido, podemos pensar que a dificuldade em realizar introjeções e ligações psíquicas que sustentem o sentimento de continuidade do eu, pode ter como conseqüência a manifestação dessa tendência desagregadora e destrutiva em certos modos de adoecer corporal, assim como em descargas corporais repetitivas (como nos tiques) ou em um agir compulsivo. Ou seja, as vivências traumáticas precoces opõem-se ao estabelecimento de ligações e não adquirem condições de significação e de construção de estratos mnêmicos, passando a se repetir como a memória corporal da tendência à desorganização originária da pulsão de morte.

O que seria uma memória do corpo senão a atualização das marcas e das sensações dispersas de vivências auto-eróticas, atualização que remete a uma dimensão pré-individual em que o eu ainda não oferece a sustentação narcísica para a dinâmica pulsional? A parcialidade auto-erótica sustenta a autonomia de um gozo parcial em que o circuito pulsional se faz primordialmente de modo autoplástico. Em outros palavras, as satisfações parciais se dão por meio de alterações no próprio corpo, tornando-o território privilegiado para o jogo de intrincações e desintricações pulsionais.

Essas alterações corporais, no entanto, não são da ordem de uma conversão histérica, já que não dizem respeito a um desejo recalcado, e sim à repetição das marcas traumáticas que permaneceram registradas como signos de percepção, pois são o registro de experiências vividas num tempo em que as palavras ainda não fazem parte do arsenal psíquico da criança. Proponho, assim considerar que a clivagem resultante do trauma precoce cria fixações no masoquismo erógeno, em que a libido narcísica atua ligada à pulsão de morte criando formas de satisfação auto-eróticas através da destruição do próprio corpo. Ferenczi refere-se a ocasiões em que um doença orgânica, ou um traumatismo físico (que atinge uma parte do corpo) provocam uma concentração da energia libidinal no órgão ou na parte do corpo afetados, catalisando investimentos narcísicos e objetais que muitas vezes eclodem como sintomas psíquicos, em especial como episódios depressivos (Ferenczi; 1917; 1921).

Os afetos e suas vicissitudes

Para levar adiante a argumentação e introduzir a questão dos afetos nesse campo subjetivo parcializado, vou me valer da noção de Senso de Eu Emergente, definida por Daniel Stern como sendo a primeira dimensão subjetiva em que a o mundo é apreendido através de percepções das variações de intensidades afetivas que dão densidade a nossos gestos e expressões, as quais denomina afetos de vitalidade (Stern, 1987). Os afetos de vitalidade não são sentimentos, mas o que dá a tonalidade à expressão dos sentimentos. Podemos apreendê-los melhor utilizando termos dinâmicos como “explosivo”, “lento”, “iniciando”, “acelerando” (Idem). Segundo Stern, a emergência da relação do bebê com o mundo depende de uma certa constância nas variações dessas intensidades no atos das pessoas que cuidam dele em suas primeiras semanas de vida. A percepção dessas variações e de suas constâncias cria as condições de sintonia afetiva e de sentimento de continuidade, aspectos fundamentais para que a criança tenha uma experiência de acolhimento. Rupturas muito intensas, ausência de sintonia ou sintonia excessiva, tais como são descritas pelo autor, teriam o efeito traumático, que aproximamos do que foi sinalizado por Ferenczi sobre a tendência ao adoecimento e à expressão do sofrimento pelo corpo, percebida em certos pacientes cuja história revela o não acolhimento ao nascer (Ferenczi; 1929).

Uma das questões colocadas aos terapeutas que lidam quotidianamente com pacientes portadores de doenças orgânicas de origem não específicas, ou que apresentam tendência ao adoecimento, assim como com doentes que sofrem as conseqüências psíquicas de suas doenças orgânicas, refere-se à dimensão traumática que traz uma sobrecarga à própria doença. Dimensão que ativa os funcionamentos auto-eróticos e narcísicos e que exige a inclusão do corpo que sofre na relação transferencial. Consequentemente, isto nos leva a considerar o manejo dessa transferência, na medida que está carregada da tendência à desintrincação presente na vivência da dor.

“No atendimento a esses pacientes, o trabalho do psicanalista não poderia se resumir à posição do intérprete na escuta flutuante do discurso. Precisa se estender a uma “sensibilidade flutuante”, a um “olhar flutuante” (Reis, 2002). Olhar, que no dizer de José Gil, não se limita a ver, interroga e espera respostas, escruta, penetra e desposa as coisas e os seus movimentos”(Gil, 1996, 48). Assim como um ouvido que se deixa atravessar pelas variações de tom e de ritmo da fala e não se limita a ouvir uma palavra que se repete monotonamente. O analista entraria num plano perceptivo sensível aos descompassos entre o conteúdo do que se diz e a forma como se diz, deixando-se atravessar pelas intensidades que vem do outro, sintonizando-se com as expressões de vitalidade, com os ritmos, a tonalidade da voz, as atmosferas que se criam a cada momento”(Reis, 2003, 201). Esta abertura no plano sensível implica em uma disponibilidade para uma certa dissolução do eu, entendido como instância organizadora e coesa, que atua como proteção contra invasões vindas de fora. Ou seja, que o analista ou terapeuta se disponibilize a ser afetado pela vitalidade da presença deste outro na intensidade do seu sofrimento e de sua dor.

A noção de “sentir com” (Einfühlung), definida por Ferenczi, ou a proposta de Winnicott sobre o “uso do objeto”, introduzem elementos inovadores no manejo transferencial que podem nos ser úteis nessa discussão. O sentir com pressupõe um analista que se abre para o devir-outro, que não é identificar-se com o outro alienando-se, mas poder acompanhar as variações de intensidades afetivas dos afetos de vitalidade e deixar-se sensibilizar por elas. Monique Schneider acrescenta, seguindo Ferenczi, que o analista frente ao trauma, é convocado a ser crédulo pois o fato traumático não tem consistência como representação psíquica não podendo ser interpretado e remetido a outra cena (Schneider, 1992). Schneider e Ferenczi afirmam que o paciente precisa do analista como testemunha e como mediador. Precisa do tato do analista. Mais ainda, é preciso que o analista se engaje num jogo em que os lugares eventualmente são trocados. Desse modo, o analisando pode se ver fora, e ver de fora a experiência traumática.

Trata-se da repetição do trauma na experiência analítica. É importante frisar que não se trata aqui da aproximação da fantasia ou outras formações, e sim de um acontecimento que se repete sempre igual como memória traumática (seja qual for a forma assumida: sonhos, sintomas, corpo, gestos, angústias inomináveis). Memória que, para se tornar accessível como significação e suscetível de transformações, precisa vir a se repetir num "como se". Como diz Ferenczi, “a tarefa da análise é chamar a alma para a vida a partir das cinzas resultantes da dissolução após sucessivas clivagens” (Ferenczi [1950 (1932), 119].

Nesse momento entramos na dimensão do jogo, o analista atua enquanto objeto, fazendo parte da cena, designado algumas vezes por seu analisando como estando mais implicado na análise que ele próprio. Funcionando como um duplo, como um outro eu, pode então ser visto pelo analisando como a vítima fascinada pelo trauma. Desse modo, tem início um desdobramento de papéis, um desdobramento daquilo que por ocasião da clivagem dobrou-se sobre si mesmo e se ocultou. O analista se empresta ao seu paciente, não somente como ouvido, mas experimentando o impacto desse sofrimento em sua própria carne. Permitir-se ser atravessado realmente por sensações estranhas e que se tornam familiares por essa troca momentânea de lugar. Em vez da angústia, a ânsia.

Chegando a Winnicott, pretendo aproximar essa concepção de manejo transferencial da noção de “uso do objeto” cuja principal implicação é que o objeto é real, tem materialidade e existe por conta própria. No entanto, o objeto a ser usado é parte de um paradoxo: ele existe para ser criado pelo bebê e tornar-se investido. A criação do objeto como exterioridade depende da destruição do objeto enquanto projeção subjetiva. Ou seja, a destruição é necessária para constituir a realidade, situando o objeto fora do self, e para isso, o objeto tem que sobreviver, no sentido de “não retaliar”(Winnicott; 1994). Se isto se dá numa situação de análise, o analista e o setting enfrentam o desafio de sobreviver ou não aos ataques do analisando, pois essa atividade destrutiva é a tentativa de situar o analista fora da área de controle onipotente, situá-lo no mundo. Para Winnicott se a análise não passar por essa experiência de destrutividade, o analista nunca será mais do que uma projeção de uma parte do self e nenhuma mudança poderá se processar (idem).

A idéia de um processo analítico que inclui a experiência de ser continuamente destruído enquanto objeto da fantasia e de continuamente sobreviver enquanto objeto real, permite que a experiência terapêutica se dê num plano de afetação mútua. A transferência é um campo de forças que passa diretamente pelo corpo, pelas sensações, por pequenas percepções. Esse encontro se passa em um estado emergente em que a fragmentação auto-erótica se faz presente por uma sensibilidade atravessado pela dor, e a partir de dessa experiência compartilhada vir a integrar a dor como uma afirmação da existência e não como ameaça de aniquilamento.

Bibliografia

FERENCZI, S. – (1917) As patoneuroses, in Psicanálise II, SP, Ed. Martins Fontes.

______________(1921) Reflexões psicanalíticas sobre os tiques, Psicanálise III, SP, Ed. Martins Fontes, 1993.

______________(1929) “A criança mal acolhida e sua pulsão de morte” in Psicanálise IV, SP, Ed. Martins Fontes.

______________(1932) Diário clínico, SP, Martins Fontes, 1990.

FREUD, S - Carta 52 in Fragmentos de la correspondencia com Fliess (1950 [1892-99]), Obras Completas, Buenos Aires, Ed. Amorrortu, 1988. vol. I, (211-322).

GIL, J. (s.d.) Fernando Pessoa: a metafísica das sensações. Lisboa: Relógio d’Água.

_________(1996) A imagem nua e as pequenas percepções. Estética e metafenomenologia. Lisboa: Relógio d’Água.

REIS, E. S. (2002) “Fenômenos transferenciais e potência de metamorfose”, in Transgressões, PLASTINO, C..A. (org.). Rio de Janeiro: Contra Capa.

_________(2003) – Auto-erotismo; um vazio ativo na clínica contemporânea in Ágora: estudos em teoria psicanalítica vol. VI no. 2, julho/dezembro de 2003, Rio, Programa de Pós-Graduação em Teoria Psicanalítica do Instituto de Psicologia UFRJ, Ed. Conta Capa.

_________(2004) – De corpos e afetos, transferências na clínica psicanalítica, Rio, Ed. Contra Capa.

SCHNEIDER, M.(1992) – La part de l’ombre – approche d’um trauma féminin, Paris, Aubier.

STERN, D. - (1987) O mundo interpessoal do bebê. Porto Alegre: Artes Médicas 1992.

WINNICOTT, D. W.- Sobre o uso de um objeto, in Explorações Psicanalíticas, Porto Alegre: Artes Médicas 1994.


(1) Psicanalista, membro do Espaço Brasileiro de Estudos Psicanalíticos, Doutora em Saúde da Criança e da Mulher IFF/Fiocruz, autora de “De corpos e afetos – transferências e clínica psicanalítica”, Ed. Contra Capa, 2004.

[1] Esse estrato mnêmico corresponde a um registro de vivências precoces, que não são passíveis de associações causais ou ainda de associações conceituais tais como uma qualidade do objeto(Freud, ).

Fonte:http://br.geocities.com/materia_pensante/corpo_mem_traum_Schueler.html


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