Mostrando postagens com marcador PIAGET E VYGOTSKY. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador PIAGET E VYGOTSKY. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Piaget e Vygotsky-

Trabalho apresentado ao Curso Pedagogia da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina  Desenvolvimento Psico-emocional.

Orientador: Prof. Fernando Zanluchi

Tutora Eletrônica: Tatiana

Tutora de Sala: Janete Aram Delavechia

Chapecó
2006

NERI ANTONIO DOS SANTOS

DIFERENÇAS

PIAGET

VYGOTSKY
§  Biólogo
§  Filosofo
§  Suíço;
§  Russo;
§  Morreu idoso (84 anos);
§  Morreu jovem (37 anos);
§  Desenvolveu a teoria construtivista (interacionista);
§  Desenvolveu a teoria-histórico-social (com base no materialismo marxista);
§  Dá um peso maior à natureza biológica do homem, para explicar os processos cognitivos (e lingüísticos);
§  Dá peso maior à dimensão histórica e social da vida dos homens (cristalizada em seus sistemas lingüísticos);
§  Estudar o desenvolvimento das estruturas lógicas;
§  Entender a relação do pensamento com a linguagem, e suas implicações no processo de desenvolvimento intelectual;
§  A aprendizagem depende do estágio de desenvolvimento atingido pelo sujeito;
§  A aprendizagem favorece o desenvolvimento das funções mentais;
§  A maturação é o que determina o ritmo do aprendizado;
§  O aprendizado influência o ritmo da maturação;
§  O amadurecimento busca aprendizado;
§  O aprendizado traz o amadurecimento;
§  o aprendizado se da por interações  entre estruturas internas;
§  O aprendizado depende fundamentalmente das influencias ativas do meio social;
§  O conhecimento é uma construção individual;
§  O conhecimento é interativo, toda síntese individual é impregnada do coletivo;
§  O conhecimento se dá a partir da ação do sujeito sobre a realidade;
§  O sujeito não só age sobre a realidade, mas interage com ela construindo seus conhecimentos a partir das reações interpessoais;
§  Os fatores que concorrem para o desenvolvimento da aprendizagem cognitivo: maturação, experiência e interação;
§  O ensino aprendizagem tem como ponto de partida o nível de desenvolvimento real do sujeito;
§  Não prioriza a mediação na construção do conhecimento;
§  Prioriza a mediação em todas as relações de aprendizagem (interpessoal e intrapessoal);
§  O pensamento aparece antes da linguagem;
§  É a linguagem que entra na mente e organiza seu pensamento;
§  O principal interesse de Piaget era estudar o desenvolvimento das estruturas lógicas;
§  Vygotsky pretendia entender a relação do pensamento com a linguagem, e suas implicações no processo de desenvolvimento intelectual;
§  O conhecimento se dá a partir da ação do sujeito sobre a realidade;
§  Esse mesmo sujeito não só age sobre a realidade, mas interage com ela, construindo seus conhecimentos a partir das relações intra e interpessoais;
§  a aprendizagem depende do estágio de desenvolvimento atingido pelo sujeito
§  a aprendizagem favorece o desenvolvimento das funções mentais.
§  A ação é internalizada - gera "esquemas/estruturas" de pensamento/consciência - que se exprimem sob forma de "falas" (específicas aos estágios psicogenéticos atingidos) linguagem
§  A linguagem social é internalizada - sob forma de "diálogo interior" - reforça (gera) formas de pensamento/planejamento/antecipação de ações - ações refletidas, previamente planejadas
§  A teoria de Vygotsky tem maiores afinidades eletivas com o marxismo que Piaget, por atribuir um peso maior aos fatores sociais (na forma da linguagem social) como determinantes das formas de pensar e estruturar as ações individuais (e coletivas), em detrimento dos fatores biológicos;
§  Tanto em Vygotsky como em Piaget se fala numa transformação do real por exigência das necessidades da criança, mas enquanto que para Piaget a imaginação da criança não é mais do que atividade deformante da realidade, para  Vygotsky a criança cria (desenvolve o comportamento combinatório) a partir do que conhece, das oportunidades do meio e em função das suas necessidades e preferências.


 SEMELHANÇAS

Piaget e Vygotsky, trabalhavam em uma mesma vertente teórica. Rejeitavam o associacionismo e/ou behaviorismo, trabalhavam experimentalmente com crianças (e não animais), interessando-se pelos processos de construção da razão, do julgamento, da capacidade de argumentação lógica (e moral), isto é, processos psico e sócio-genéticos.
Ambos enfatizam a necessidade de compreensão da gênese dos processos cognitivo,s não consideram os processos psicológicos como resultados estáticos que se expressam em medidas quantitativas, pois, tanto Piaget como Vygotsky, valorizam a interação do indivíduo com o ambiente e vêem o indivíduo como sujeito que atua no processo de seu próprio desenvolvimento;
Tanto Vygotsky como Piaget atribuem grande importância à atividade do indivíduo na construção e na atribuição de significado ao conhecimento, apesar das suas diferenças quanto à ênfase que atribuem aos fatores sociais e culturais na aprendizagem
Como Piaget, Vygotsky não formulou uma teoria pedagógica, embora seu pensamento ressalte a importância da instituição escolar na formação do conhecimento.
Ambos, Piaget e Vygotsky, não consideram os processos psicológicos como resultados estáticos que se expressam em medidas quantitativas e também enfatizam o conhecimento da gênese dos processos cognitivos.

LEV SEMENOVICH VYGOTSKY 
Lev Semenovich Vygotsky  (1896-1934), filosofo sócio interacionista, professor e pesquisador foi contemporâneo de Piaget, nasceu em Orsha, a 17 de novembro de 1896,  viveu na Rússia, quando morreu, de tuberculose, tinha 37 anos.
As obras de Vygotsky incluem alguns conceitos que se tornaram incontornáveis na área do desenvolvimento da aprendizagem. Um dos conceitos mais importantes é o de Zona de desenvolvimento proximal, que se relaciona com a diferença entre o que a criança consegue aprender sozinha e aquilo que consegue aprender com a ajuda de um adulto.
Construiu sua teoria tendo por base o desenvolvimento do sujeito como resultado de um processo sócio-histórico, enfatizando o papel da linguagem e aprendizagem nesse desenvolvimento, sendo essa teoria considerada histórico-social. Seu ponto central é a aquisição de conhecimentos pela interação do sujeito com o meio.
É o grande fundador da escola soviética de psicologia, principal corrente que, hoje, dá origem ao socioconstrutivismo.
Para Vygotsky, o que nos torna humanos é a capacidade de utilizar instrumentos simbólicos para complementar nossa atividade, que tem bases biológicas.
A vivência em sociedade é essencial para a transformação do homem de ser biológico em ser humano. É pela aprendizagem nas relações com os outros que construímos os conhecimentos que permitem nosso desenvolvimento mental.
De acordo com as concepções de Vygotsky, uma prática pedagógica adequada perpassa não somente por deixar as crianças brincarem, mas, fundamentalmente por ajudar as crianças a brincar, por brincar com as crianças e até mesmo por ensinar as crianças a brincar.
Para Vygotsky, a construção do conhecimento se dá através da interação entre sujeitos, as quais são mediadas por várias relações. Para ele, os objetos, a organização do ambiente, o mundo cultural que rodeia o individuo, pode representar o astro social, o sujeito social. O sujeito não é apenas ativo, mas interativo.
Vygotsky contribui significativamente na área de educação, na medida em que traz importantes reflexões sobre o processo de formação das características psicológicas tipicamente humanas.
Vygotsky aponta para a necessidade da criação de uma escola em que as pessoas possam dialogar, duvidar, discutir, questionar e compartilhar saberes. Onde haja espaço para transformações, para as diferenças, para o erro, para as contradições, para a colaboração mútua e para a criatividade.
O educador deve saber interferir no desenvolvimento do aluno, trabalhar a zona de desenvolvimento proximal, provocando avanços que não ocorreriam espontaneamente, saber mediar o acesso do aluno ao conhecimento socialmente produzido.
            É importante que o educador tenha consciência de sua atuação e que a função da educação é levar o aluno adiante, pois quanto mais ele aprende, mais se desenvolve mentalmente. Também é importante que priorize as relações afetivas entre educando/educando e educando/educador.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
INTERNET, em 11 ago 06,  http://www.ueb-df.org.br/artigo.asp?art=12
INTERNET, em 11 ago 06, http://pt.wikipedia.org
INTERNET, em 11 ago 06, http://72.14.209.104/search?q=cache:9zf81iLtSq4J:ia.fc.ul.pt/textos/osousa/07estat.pdf+diferen%C3%A7as+entre+vygotsky+e+piaget&hl=pt-BR&gl=br&ct=clnk&cd=31
INTERNET, em 11 ago 06, Site Nova Escola On-line.
INTERNET, em 11 ago 06, http://www.centrorefeducacional.com.br/ojogosim.html
INTERNET, em 11 ago 06, http://www.aticaeducacional.com.br/htdocs/pcn/pcns.aspx?cod=22
Kami, Constance. Piaget para a educação pré-escolar. 2º ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991.
Rego, Tereza Cristina. Vygotsky - Uma perspectiva histórico-cultural da educação. 16º ed. Petrópolis : Editora Vozes, 2004.
UNOPAR, Desenvolvimento Psico-Emocional – curso de pedagogia – Módulo II. 2006


Fonte: www.atividadeseducativas.com.br/.../946_2sem_trabalho2.doc -


Obrigado por sua visita, volte sempre.


pegue a sua no TemplatesdaLua.com 

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM: UMA REVISÃO SEGUNDO AUSUBEL, PIAGET E VYGOTSKY


DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM: UMA REVISÃO SEGUNDO AUSUBEL, PIAGET E VYGOTSKY
João Alfredo Carrara
Por mais de vinte anos as perguntas “como aprendemos?” e “como conhecemos?” continuam questionando paradigmas educativos tradicionais e provocando uma série de mudanças nos enfoques, processos e práticas educativas. Por sua vez, esta situação renova o interesse de pedagogos, psicólogos, filósofos e biólogos não apenas no processo de aprender como nos seus respectivos objetos de conhecimento. As contribuições de Ausubel, Piaget, Vygotsky, entre muitos outros, permitem ampliar nossa compreensão sobre a aprendizagem, a cognição e os processos de construção de conhecimentos na sala de aula, e geram reflexões em torno do papel do docente e o ensino que propiciam estabelecer um diálogo interdisciplinar com a pedagogia e com a didática. Neste sentido, tanto a experiência como a investigação mostra que os processos de ensino e aprendizagem constituem um corpo conceitual cada dia mais complexo e interdisciplinar.
Existe um certo consenso de que a educação deve promover o desenvolvimento integral das pessoas e sobre a aprendizagem de determinados conteúdos da cultura necessários para que elas sejam membros da abordagem sócio-cultural de referência. Mesmo assim, problemas aparecem quando se trata de explicar o que se entende por desenvolvimento e aprendizagem e quais são as relações entre os dois processos. O desenvolvimento pode ser considerado um processo através do qual as pessoas, a partir das estruturas disponíveis em cada momento, se apropriam da cultura do grupo social dentro do qual estão imersas. Se bem que o desenvolvimento das pessoas, como diz Piaget, tem uma dinâmica interna. Isto é possível devido às interações sociais estabelecidas entre o indivíduo e os diferentes agentes que atuam como mediadores da cultura – pais e docentes (VYGOTSKY, 1987).
Utilizando este conceito de desenvolvimento, entende-se, então a aprendizagem como um processo de construção individual através do qual se faz uma interpretação pessoal e única da tal cultura. Desde esta perspectiva, os processos de aprendizagem não são uma mera associação de estímulos e respostas ou de acumulação de conhecimentos; são mudanças qualitativas nas estruturas e esquemas existentes de complexidade crescente (PIAGET, 1990). Aprender não quer dizer fazer uma interpretação e representação interna da realidade ou informação externa, mas fazer uma interpretação e representação pessoal de tal realidade. Isto faz com que o processo de aprendizagem seja único e “irrepetível” em cada caso. Esta construção individual não se opõe à interação pessoal, pelo contrário, as duas se complementam.
Igualmente ao desenvolvimento, a aprendizagem é um processo interno. Ninguém pode aprender por nós. Mas aprendemos graças aos processos de interação social com outras pessoas que atuam como mediadores dos conteúdos da cultura, estabelecidos no currículo escolar, graças aos processos de interação e de comunicação com os docentes e com seus pares. A aprendizagem cooperativa entre alunos demonstra ser também uma poderosa ferramenta para o seu desenvolvimento.
O conceito construtivista, como estrutura explicativa dos processos de ensino/aprendizagem se alimentam de várias teorias, sendo a teoria da aprendizagem significativa de Ausubel a de maior utilidade por ter sido formulada dentro de experiências vivenciadas na sala de aula. Segundo este autor, existem vários tipos de aprendizagem, mas deve-se procurar incentivar a aprendizagem significativa sendo esta, por definição, uma aprendizagem integral e relacionada com o contexto social do aprendiz. A partir deste ponto de vista, o aprender envolve a produção de mudanças nos conceitos prévios e que tal aprendizagem serve para continuar aprendendo. As condições que possibilitam este processo estão relacionadas com a pessoa (disposição e estrutura cognitiva) e com o material (seu potencial significativo para o estudante). Aqui o aluno assume um papel ativo no processo de reconstrução e construção de conhecimentos (AUSUBEL; NOVAK; HANESIAN, 1983).
Na América Latina, os processos de inovação educativa encontram-se não apenas no construtivismo, como também na longa tradição da pedagogia popular que entende a aprendizagem como um processo autônomo, ativo e interno de construção de novos conhecimentos que contribuem necessariamente ao desenvolvimento integral da pessoa. Este desenvolvimento pessoal leva a considerar de forma relacionada os quatro pilares da aprendizagem propostos no relatório da UNESCO de Educação para o século XXI: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conviver.
Não se pode separar os processos de aprendizagem dos processos de ensino. Os dois são interdependentes na medida que a forma em que planificamos o ensino é decisiva para que o aluno possa construir aprendizagens significativas. Da perspectiva do conceito construtivista, o ensino não consiste em transmitir conhecimentos acabados aos alunos; o que é necessário é oferecer ajuda para que cada aluno consiga construir as aprendizagens básicas estabelecidas no currículo escolar (PIAGET, 1990).
Assim sendo, a função docente é desenhar e organizar experiências educativas utilizando o princípio da centralidade do estudante como sujeito ativo da aprendizagem. O educador atua como mediador entre o aluno e os conteúdos que este precisa aprender, ajustando o apoio pedagógico ao processo de cada um. Nesta perspectiva, o ensino não é um conjunto de receitas que se pode aplicar a todos os alunos e situações uniformemente; pelo contrário, é uma atividade dinâmica dentro do qual intervém múltiplos fatores que impedem prever de antemão o que vai acontecer nas aulas. Este fato obriga o professor a refletir e revisar constantemente a sua prática pedagógica para identificar os fatores estratégicos a serem utilizados para promover a aprendizagem significativa de todos os alunos.
Por parte daquele que ensina, então, a compreensão dos processos de ensino e aprendizagem requer um conhecimento profundo de cognição, pensamento, linguagem, inteligência e, particularmente, das atividades e processos mentais de atenção, percepção, memória, representação, racionamento, tomada de decisões e solução de problemas entre outros.
Além destes aspectos, faz-se relevante o conhecimento sobre as questões afetivas e emocionais, dada a sua importância e grande influência nos processos de aprendizagem e bem-estar das pessoas. A promoção das habilidades de ordem superior como a auto-regulação metacognitiva e a criatividade também são fundamentais dentro de um mundo repleto de mudanças e incertezas, onde cada dia o indivíduo usa informações que demandam habilidades relacionadas com a melhoria das suas capacidades de processamento e a utilização de estratégias que potencializam sua capacidade de aprendizagem.
Para concluir, é importante deixar claro que o conceito construtivista não é suficiente para explicar a multiplicidade de fatores que atuam nos processos de ensino e aprendizagem dentro da escola. Os docentes precisam complementar os seus conhecimentos com teorias sobre a organização das instituições, a comunicação, o desenvolvimento afetivo e emocional, a pedagogia humanizadora e libertadora, entre outros, para poder desenvolver uma ação educativa que promova não apenas o desenvolvimento de seus alunos, como também o desenvolvimento da escola como instituição política e socialmente coerente com o contexto regional em que está inserida.
REFERÊNCIAS
AUSUBEL; NOVAK; HANESIAN. Psicología Educativa: Un punto de vista cognoscitivo. 2°ed.México:Trillas,1983.Disponível no site www.didacticahistoria.com/psic/psic02.htm
PIAGET, J. Epistemologia Genética. SP, Martins Fontes, 1990.
PIAGET, J. A linguagem e o pensamento. São Paulo: Martins Fontes, 1986.
VYGOTSKY, L. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1987.
VYGOTSKY, L Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1988.
Publicado em 17/08/2004 18:42:00

João Alfredo Carrara - Coordenador da Educação Infantil e do Ensino Fundamental do Colégio Fênix – Bauru/SP; Professor do Curso de Especialização em Educação Escolar - FÊNIX/INTEGRALE/FECAP,Gestão e Educação para o Turismo e Psicopedagogia – USC de Bauru/SP; Mestre em Ciências Biológicas – UNESP/Botucatu; Aluno Especial do Doutorado em Educação para as Ciências – UNESP/Bauru.
Fonte: http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=570

Fonte atualizada :
https://www.meempi.com/artigos/artigo.asp?entrID=570

Obrigado por sua visita, volte sempre.

pegue a sua no TemplatesdaLua.com

Manda para seu amigo ou sua amigo não desistir ainda dá tempo.

Obrigado pela visita, volte sempre. Se você observar que a postagem, vídeo ou slidshre está com erro entre em contato.