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sexta-feira, 2 de maio de 2014

Relatório de Práticas Pedagógicas: Identidade e formação do professor (em uma relação com os indicadores de qualidade na educação).



* Relatório de Práticas Pedagógicas: Identidade e formação do professor (em uma relação com os indicadores de qualidade na educação).

*Sei que para os "marinheiros" de primeira viagem no curso de Pedagogia (e me refiro aos acadêmicos dos primeiros períodos), algumas tarefas solicitadas são quase que um bicho de muitas cabeças, exatamente pela carência de informação dos próprios professores que acham que pesquisar e "se virar" tem o mesmo significado. 

Por isso, sei que é muito importante recorrer a fontes como a internet para compreender como elaborar algumas tarefas como, relatórios, artigos, resumos, resenhas etc. 

Assim, sempre que possível, vou postar alguns dos meus trabalhos aqui para auxiliar quem procura algum tipo de modelo, esperando que esse material não seja apenas mais uma vítima do Ctrl+C e Ctrl+V, e se fizer isso, lembre-se que um dia você estará do outro lado!

** Primeiramente, vou postar os elementos pré-textuais, para quem tiver dúvidas de como organizar.
*** Esse é um modelo simplificado de relatório de PPP que também serve para relatório estágio.




SÓ LEMBRANDO:

  • Relatório é um trabalho científico, então, não relate em 1º pessoa, use uma linguagem formal e intercale relatos, vivencias, observações e práticas com embasamento teórico. Isso é muito importante!!! (Ex: Errado: "Eu constatei que a escola tal de tal não tinha banheiro". Melhor: " Nas observações realizadas foi constatado que a Instituição não possui instalações adequadas...").  Você vai observar que até utilizando uma linguagem um pouco mais formal, seu trabalho ficará maior...suas frases mais trabalhadas renderão, certamente, melhores resultados quantitativos (notas).
  • Não feche as portas para você mesmo (a) no semestre seguinte na escola onde você fez seu estágio ou prática pedagógica, então, seja ético em relatar os fatos, e até um pouco político. Lembre-se que um estagiário raramente mudará uma realidade relatada em um trabalho acadêmico, então, saiba escrever o que você vê e ouve!Você pode precisar da mesma escola no próximo período!
  • No mais... aí está meu exemplo. Espero que ajude alguém!



1 INTRODUÇÃO

Entende-se que a disciplina de PPP I (Prática Política Pedagógica) visa fazer a mediação entre a teoria, desenvolvida na academia, e a prática (realidade) vivenciada nas escolas públicas.
Nesse sentido, foi desenvolvida durante o período de quatro semanas a primeira etapa das Práticas Pedagógicas referente ao 1º período do curso de Pedagogia. O programa de Práticas Pedagógicas I foi desenvolvido na Escola Municipal XXXX, situada à XXXXXXXXXXXXXX.
Importante ressaltar que a direção da escola não se negou a prestar quaisquer informações sobre sua estrutura ou conduta pedagógica, propiciando liberdade para que as observações fossem realizadas a contento e ainda contando com a ajuda de funcionários como a coordenadora de disciplina e a secretária da escola.
Foram realizadas atividades baseadas em planejamentos organizados para desenvolver entrevistas e questionários com funcionários que conhecessem a dinâmica da escola, onde foram utilizadas fichas fornecidas pelo próprio curso de Pedagogia da NOME DA FACULDADE e questionários elaborados pelas próprias acadêmicas.
As atividades ocorreram de forma participante e sistemática por apresentar propósitos definidos, onde foi possível constatar através da pesquisa grande parte dos fundamentos aprendidos ao longo do período acadêmico, assim, destaca-se ser enriquecedor e fundamental esta etapa na formação acadêmica e profissional do futuro docente.
No sentido de conviver e observar de forma a direcionar a prática pedagógica como uma ação sustentada em fundamentos que englobam uma linha filosófica de aprendizagem, o trabalho a seguir apresenta informações concretas de entrevistas e questionários realizados na Escola Municipal XXXXXXX cumprindo, assim, os requisitos para PPP I.

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Observar e analisar a identidade e formação dos professores da educação básica buscando vincular à qualidade na escola pública, aplicando aos relatos os conhecimentos adquiridos nas disciplinas estudadas, buscando admissão de base teórico-prática.


2.2 Objetivos Específicos

  •  Articular teoria e prática em relação à visão da formação e identidade docente;
  • Observar e compreender como se dá a aquisição da qualidade educativa na escola pública;
  • Analisar os indicadores de qualidade na escola-campo: ambiente educativo, formação e condições de trabalho dos profissionais da escola (formação continuada), espaço físico escolar;
  • Refletir a respeito de necessidades educacionais (pedagógicas), administrativas e estruturais da escola visitada.


3 REVISÃO DE LITERATURA

Os conceitos fundamentais discorridos no presente relatório dizem respeito à articulação teórico-prática, referente à identidade e formação dos professores das séries iniciais do Ensino Fundamental, aliada aos Indicadores da Qualidade na Educação como suporte principal para a pesquisa, que visam em sua variação, possibilitar mudanças necessárias ao alcance de objetivos na escola pública.
Dessa forma, compreende-se que a qualidade na escola está diretamente relacionada ao bom aprendizado dos seus alunos. Porém, uma série de fatores converge para a obtenção desses resultados, e é através dos Indicadores da Qualidade na Educação que se avalia as condições necessárias para que esse objetivo macro seja alcançado.
Respeitando a complexidade do significado do termo qualidade educativa foram organizados em sete dimensões ou sete diferentes aspectos da qualidade da escola. São elas:
I Ambiente educativo: Nesta dimensão os indicadores se referem ao respeito, à alegria, à amizade e solidariedade, à disciplina, ao combate à discriminação e ao exercício dos direitos e deveres.
II Prática pedagógica e avaliação: Aqui, reflete-se coletivamente sobre a proposta pedagógica da escola, sobre o planejamento das atividades educativas, sobre as estratégias e recursos de ensino-aprendizagem, os processos de avaliação dos alunos, incluindo a auto-avaliação, e a avaliação dos profissionais da escola.
III Ensino e aprendizagem da leitura e da escrita: Aborda a proposta pedagógica para a alfabetização inicial e desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita ao longo da educação básica; aponta as oportunidades que os alunos têm para desenvolver hábitos e a motivação para leitura, incluindo uso da biblioteca e equipamentos de informática.
IV Gestão escolar democrática: Focaliza o compartilhamento das decisões, a preocupação com a qualidade, com a relação custo-benefício e com a transparência.
V Formação e condições de trabalho dos profissionais da escola: Aqui, discute-se sobre os processos de formação dos professores, sobre a suficiência, assiduidade e estabilidade da equipe escolar.
VI Espaço físico escolar: Nesta dimensão, os indicares são o bom aproveitamento dos recurso existentes na escola, a disponibilidade e a qualidade desses recursos e a organização dos espaços escolares.
VII Acesso, permanência e sucesso na escola: As perguntas principais são: Quem são os alunos que apresentam maior dificuldade no processo de aprendizagem? Quem são aqueles que mais faltam na escola? Onde e como eles vivem? Quais são as suas dificuldades? Quem são os alunos que abandonaram ou evadiram? Quais os motivos?
Esse vínculo de qualidade na escola se entrelaça às questões de identidade e formação dos profissionais que atuam nessa Instituição e que, assim, são agentes ativos no processo para tornar a escola pública o espaço adequado a aquisição de conhecimentos pelos alunos.
Questões relacionadas à identidade e formação docente tem ocupado lugar de destaque no panorama acadêmico contemporâneo, por questões políticas, teóricas e práticas. No caso da teorização e prática pedagógica, tem-se realçado a necessidade de se discutir a identidade do docente, tendo em vista que o fim do processo educativo escolar está diretamente relacionado à sua atuação.
Sobre a identidade do professor que é o principal agente processo educativo na escola, Pimenta (2005, p. 18), faz a seguinte afirmação:
A identidade não é um dado imutável. Nem externo, que possa ser adquirido. Mas é um processo de construção do sujeito historicamente situado. A profissão de professor, como as demais, emerge em dado contexto e momento históricos como resposta a necessidade que estão postas pela sociedade, adquirindo estatuto de legalidade.

Assim, a identidade do professor, conforme Pimenta é construída a partir dos significados sociais da profissão, da reafirmação das práticas, ou seja, a identidade é construída a partir da significação social da profissão; da revisão constante dos significados sociais da profissão e das próprias necessidades sociais que emergem e exigem essa identidade.
Deve estar fundamentada na busca por ensinar e não apenas transferir conhecimentos como se fosse “pacotes sucateados” como cita Demo (1992, p. 153):
[...] ensinar já não significa transferir pacotes sucateados, nem mesmo significa meramente repassar o saber. Seu conteúdo correto é motivar o processo emancipatório com base em saber crítico, criativo, atualizado, competente. Trata-se, não de cercear, temer, controlar a competência de quem aprende, mas de abrir-lhe a chance, na dimensão maior possível. Não interessa o discípulo, mas o novo mestre. Entre o professor e o aluno não se estabelece apenas hierarquisação verticalizada, que divide papéis pela forma do autoritarismo, mas sobretudo confronto dialético. Este alimenta-se da realidade histórica formada por entidades concretas que se relacionam de modo autônomo, como sujeitos sociais plenos.


A identidade profissional desenvolve-se e adapta-se ao contexto sócio-político-histórico em que está inserido o professor. Enquanto, o perfil profissional, muitas vezes confundido com identidade profissional, desenvolve-se durante a formação acadêmica, neste caso, formação docente; está relacionado às competências e habilidades que o profissional apreende durante a formação. O perfil profissional não muda de acordo com o meio onde o profissional está inserido.
No que se refere à formação, não apenas dos professores, mas de todos os profissionais que vivenciam o ambiente escolar, entende-se que a postura de buscar formar-se e informar-se está relacionada diretamente a um investimento pessoal, que visa a construção, também de uma identidade profissional, como afirma Nóvoa (1992, p. 25):
[...] estar em formação implica em investimento pessoal, um trabalho livre e criativo sobre os percursos e sobre os projetos próprios, com vistas à construção de uma identidade, que é também, uma identidade profissional.

No caso da formação docente, o desenvolvimento profissional, significa produzir a profissão, estimulando o desenvolvimento autônomo e contextualizado pois, profissionais competentes tem capacidade de auto-desenvolvimento reflexivo. O que viabiliza a reconstrução constante e permanente da identidade do professor.
Essas questões sobre formação docente estão intrinsecamente relacionadas à qualidade na educação, pois como diz, Bruno; Almeida e Laurinda (2006, p. 25):
A discussão sobre formação docente é antiga e, ao mesmo tempo atual [...] a formação de professores tem se apresentado como ponto nodal das reflexões sobre qualidade do ensino, evasão e reprovação [...] por seu significado de ampliação do universo cultural e científico daquele que ensina, dadas as necessidades e exigências culturais e tecnológicas da sociedade.

Assim, Bruno, Almeida e Laurina (2006, p. 25-28) indicam as dimensões da formação de professores, que para eles são as fundamentais: Dimensão técnico-científica; Dimensão da formação continuada (manter-se pesquisando e questionando) e a Dimensão do Trabalho Coletivo e da construção coletiva do projeto pedagógico.
A qualidade do trabalho do professor está vinculada a uma série de condições, tais como: tamanho das turmas a que atende, horário de trabalho, tempo disponível para preparação das aulas, presença de profissional preparado para o acompanhamento e apoio sistemático da sua prática educativa, qualidade dos recursos didáticos existentes na escola e local próprio para reuniões de estudo.
A busca pelo alcance dessas dimensões, na formação do professor, favorecerá a motivação necessária para se construir um espaço educacional de qualidade.

4 ATIVIDADES  REALIZADAS

4.1 Caracterização da Escola-Campo

A Escola Municipal XXXXXXXX teve sua implantação pelo município de XXXXXXXX no ano de XXXXX e tem como Diretora Geral a professora XXXXXXXXXXXXXX.
A escola funciona em um prédio próprio e possuindo instalações físicas relativamente adequadas ao ensino, como boas salas de aula onde as carteiras são adequadas para o tamanho dos alunos, banheiros privativos, bebedouro grande. Possui ainda, uma quadra onde são realizadas atividades recreativas e outras. Destaca-se na observação realizada a necessidade de maior dimensionamento da parte administrativa da escola: a sala dos professores é pequena, a sala da direção funciona, também como almoxerifado e biblioteca; e a área destinada aos agentes de administração funciona no rol de entrada da escola.
Escola possui uma média de 1.020 alunos que se dividem na Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos, nos três turnos de funcionamento, sendo que a Educação Infantil funcional em um Anexo.
O quadro de pessoal é composto por:
  • 39 professores
  • 01 Diretor Geral
  • (não possui Diretor Adjunto)
  • 01 Orientador Pedagógico
  • 01 Merendeiras
  • 01 Secretária
  • 06 Administrativos
  • 02 Porteiros
  • 04 Serviços gerais
  • 01 Auxiliar de Disciplina
  • 01 Supervisor
No aspecto estrutural e material verificou-se que a escola possui:
  • 16 Salas de aula
  • 01 Quadra de esportes
  • 01 Diretoria
  • 01 Sala dos professores
  • 01 Cozinha
  • 04 Banheiros

Convêm destacar, ainda, que a escola possui um ônibus disponibilizado pela Secretaria de Educação para o transporte dos alunos que residem em locais mais distantes.
Em relação ao corpo discente, o que se observou foi que a clientela da instituição do campo de estágio é composta por alunos de classe social baixa, que residem em bairros adjacentes à instituição. A clientela é de filhos de população assalariada, trabalhadores assalariados.
Um dado observado é a superlotação de algumas salas de aula que segundo Reis e Camargo (2008, não paginado), é um dos grandes “fatores que contribuem para um baixo rendimento escolar” e conseqüentemente refletem na qualidade da escola. Algumas salas, como por exemplo, a turma do 9º ano/matutino, possui 58 alunos.
O cuidado com o ambiente físico da escola também é de suma importância para o desenvolvimento da aprendizagem, pois, como afirmou Portela, (2001. p. 175):
Tudo na escola deve ser feito para educar. Tudo. Assim, a sujeira deseduca, o abandono deseduca, a desorganização deseduca. Por outro lado, a limpeza educa, a organização educa, as paredes educam, os quadros educam, as plantas educam. Por isso a estrutura física para mim é importante para a visualização da seriedade do processo e da concepção que se tem da escola. 
Baseadas nessa afirmativa as observações refletiram que no que se refere à higiene e organização, a escola mantêm uma boa estruturação em todos os espaços, onde além dos funcionários que trabalham para manter o asseio da Instituição, a gestora ainda conta com o auxilio de duas voluntárias (mães de alunos) que auxiliam diariamente na escola-campo.

4.2 Atividades desenvolvidas na Escola-campo

4.2.1 Observações e aplicação de questionários e entrevistas
De acordo com a LDB, Art. 32º:

O ensino fundamental, com duração mínima de nove anos, obrigatório e gratuito na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

Baseando as observações nos conhecimentos estudados previamente sobre o Ensino Fundamental analisou-se o seguinte em relação escola-campo: os procedimentos do processo de ensino-aprendizagem compreendendo a prática em uma sala de Ensino Fundamental, a prática pedagógica de professores, compreensão de linguagens infantis e conceitos apropriados na ministração das aulas, métodos e linhas pedagógicas na prática diária dos professores foi observado o ensino, considerando tanto as teorias sobre Educação como os conteúdos das disciplinas; conhecimento dos materiais (recursos didáticos) apropriados para cada faixa etária a serem utilizados nas aulas.
A escola já adotou o período de nove anos para o Ensino Fundamental Referente aos aspectos sócio-ambientais pôde ser observado e atribuído o conceito bom no que se refere aos relacionamentos e interação entre alunos, funcionários, docentes e família, e também à disciplina dos alunos, mesmo que a escola pública receba em sua maioria alunos da periferia e que apresentem em sua maioria instabilidade familiar.
O planejamento escolar ocorre quinzenalmente e tem a participação em cada fase específica e especificamente dos professores e supervisores. Os tipos de avaliações desenvolvidas são: diagnóstica e formativa, contemplando toda a produção e participação dos alunos em um processo dinâmico e contínuo.
O calendário escolar contempla datas como Páscoa; Tiradentes; Descobrimento do Brasil; Dia do Trabalho; Dia das Mães; Dia dos pais; Livro, Ambiente; Dia do Índio; Estudantes; Professor e outras. Todas as comemorações partem de projetos que tragam ao aluno o conhecimento e a vivência com o tema, envolvendo a família.
No recreio, foi observado que as crianças são deixadas “livres” para correr e brincar sem atividades dirigidas. Existe um dia de Recreação, mas nos demais dias as crianças não têm direcionamento nas brincadeiras realizadas nesse horário. O que contradiz a idéia do Ministério de Educação que defende que deve existir uma continuidade no processo de ensino-aprendizagem, também, no horário do recreio:
As atividades livres ou dirigidas, durante o período de recreio, possuem um enorme potencial educativo e devem ser consideradas pela escola na elaboração da sua Proposta Pedagógica. Os momentos de recreio livre são fundamentais para a expansão da criatividade, para o cultivo da intimidade dos alunos, mas, de longe, o professor deve estar observando, anotando, pensando até em como aproveitar algo que aconteceu durante esses momentos para ser usado na contextualização de um conteúdo que vai trabalhar na próxima aula. (MEC/CNE, Parecer 02/2003).
Os materiais utilizados pelos professores para a ministração das aulas variam entre livros didáticos, cadernos, quadro de giz e brando com pincel, cartazes, etc. As crianças utilizam-se ainda de atividades diárias em casa para reforçar os conhecimentos adquiridos em sala de aula. No que se refere ao controle de materiais, observou-se que a solicitação é feita informalmente pelos professores à secretaria da escola, não envolvendo nenhum tipo de pedido por escrito.
Acredita-se que muito do potencial humano, ainda não tem sido valorizado na maioria das escolas da rede pública por questões de conformismo do próprio sistema e conseqüentemente do docente que se vê desarticulado em sua formação e identidade, conflitando seus conteúdos com objetivos e métodos ainda minimizados e até desatualizados, onde o aluno acaba por receber apenas o básico suporte cognitivo.
A partir dessas constatações teóricas buscou-se destacar como tem ocorrido a formação dos profissionais da Escola Municipal XXXXXX e verificou-se que Formação Continuada só diz respeito, até o momento das Práticas Pedagógicas, aos professores e gestores, ficando os demais funcionários sem receber qualquer tipo de preparo teórico referente às suas tarefas, o que pode trazer prejuízos à qualidade da escola ao considerar-se as palavras de Bruno e Alemida (2008, p. 27) que afirmam a formação continuada para todos os profissionais, como um instrumento de favorecimento na “apropriação de conhecimentos [...] e introduz uma fecunda inquietação contínua com o já conhecido, motivando [...] criação e dialética com o novo”.

4.2.2 Sugestões ao campo de Práticas com base nos questionários e entrevistas realizadas


Nos questionários e entrevistas foi clarificado que os demais funcionários anseiam em também multiplicar seus conhecimentos para melhor desenvolvimento de suas atividades na escola, assim como os professores recebem periodicamente pela Secretaria de Educação do Município.
Outro fator a destacar a destacar é a organização estrutural da escola que necessita de uma Biblioteca, uma sala de Vídeo, ampliação da sala dos professores e um ambiente de trabalho mais propício para os administrativos. Além, de informatizar a área administrativa da escola que ainda tem seus trabalhos realizados manualmente.


5 CONCLUSÃO

O exercício nas Práticas Pedagógicas foi se suma importância por levar as acadêmicas a relacionarem os conteúdos referentes aos Indicadores de Qualidade na Educação e conceitos essencial sobre identidade e formação de professores.
É importante ressaltar que o período de PPP I na escola-campo proporcionou a aplicação de conhecimentos adquiridos na academia, a avaliação e o reconhecimento das condições necessárias para que a educação na Educação Básica seja processada com qualidade no aspecto prático-pedagógico.
Os resultados foram positivos com o PPP I principalmente no que se refere a liberalidade de alguns profissionais estarem plenamente abertos a fornecer as informações pertinentes ao desenvolvimento da pesquisa.
Foi possível constatar que a escola-campo visitada oferece uma regular estrutura física e no aspecto pedagógico apresenta uma melhor qualidade devido à Secretaria de Educação manter um vínculo direto com a escola no sentido de promover capacitação constante aos professores, para que a educação de fato seja um meio para ampliação do conhecimento e vivência das crianças.
Em suma, a PPP I foi de grande relevância, por proporcionar a relação entre teoria e prática ligada a diferentes dimensões na escola oferecendo a oportunidade de conhecer todo o conjunto escolar afim de seguir profissionalmente com o preparo necessário para lidar e atuar com as emergentes necessidades na educação atual.

REFERÊNCIAS


DEMO, Pedro. Desafios modernos da educação. Petrópoles: Vozes, 1993.


MEC/ CNE: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO e CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Parecer 02/2003. Disponível em: http://www.fenep.org.br/PARECER_CNE-CEB_N_02-2003.pdf


NÓVOA, António (Coord.). Os professores e sua formação. Lisboa: Publicações Dom Quixote/ IIE, 1992.


PAQUAY, Léopold; PERRENOUD, Philippe; ALTET, Marguerite; [et. al.] (Orgs.). Formando professores profissionais: Quais estratégias? Quais competências? 2. ed.rev. Trad. Fátima Murad e Eunice Gruman. Porto Alegre: Artmed, 2001.

PEREIRA, Mônica Souza Neves. O ensino criativo: uma forma divertida de aprender.1996. Disponível em: http://www.talentocriativo.com.br/003_ensino_criativo.pdf .

PIMENTA, Selma Garrido (Org.). Saberes pedagógicos e atividade docente. 4. Ed. São Paulo: Cortez, 2005.

QUELUZ, Ana Gracinda; ALONSO, Myrtes (Orgs.). O trabalho docente: teoria e prática. São Paulo: Pioneira, 1999.

REIS, Maria das Graças Faustino e CAMARGO, Dulce Maria Pompêo de. Práticas escolares e desempenho acadêmico de alunos com TDAH. Psicol. esc. educ. [online]. jun. 2008, vol.12, no.1 [citado 29 Outubro 2009], p.89-100. Disponível em: http://pepsic.bvs-psi.org.br.


http://amigadapedagogia.blogspot.com.br/2010/04/relatorio-de-praticas-pedagogicas.html

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